sábado, 5 de março de 2011

Entrevista - ALTO FALANTE

Alto-Falante: Fale um pouco sobre o processo de produção/gravação de "Greve das Navalhas". A mixagem e masterização foram feitas no mesmo estúdio que vocês gravaram, o Rock Lab?
Beto Cupertino: Sim, mixagem e masterização foram feitas pelo Gustavo Vazquez no Rocklab. É o terceiro disco que gravamos com eles e provavelmente, se formos gravar algum outro disco no futuro, será lá também. 


AF: Falando nisso, quem assina a produção de "Greve das Navalhas"? Qual é o papel de Gustavo Vazquez na história do disco?
BC: A produção é feita, em termos de arranjos, pela própria banda. O Gustavo tem papel principal no trabalho de transformar o que a gente pensa em timbres e bons áudios, opina também nas questões relativas a arranjos e interpretações, quando é o caso.


AF: O CD físico sairá pela Monstro Discos mesmo, certo? Como funciona a "parceria" da banda com a Monstro? Vocês apresentam algum material pra eles antes de gravarem?
BC: Sim, o cd sairá fisicamente pela Monstro. A nossa parceria já tem quase 10 anos, então eles têm total confiança no que a gente faz, não é necessário que eu apresente para eles o disco antes. Normalmente o Léo Bigode me diz que qualquer coisa que eu fizer ele vai lançar, o que acho muito generoso e perigoso da parte dele (risos).


AF: O disco tem algum conceito, algum "tema" que direciona as canções, como nos álbuns anteriores?
BC: Alguns temas recorrentes como questões ambientais, o nosso medo atual do fim do mundo, mas de uma certa forma tudo isso é tratado com um teor de otimismo. A figura do sol é bem presente, desde a capa até o conteúdo de algumas músicas. Até nas músicas que narram tragédias, como Tsunami, há um final feliz. 


AF: Algumas músicas foram gravadas com mais de uma guitarra. Você acha que isso possa impedir que elas sejam executadas de maneira próxima ao disco durante os shows? Já que você é o único guitarrista da banda.
BC: Normalmente não tenho a preocupação do ao vivo quando estou gravando um disco. A idéia é sempre deixar o disco o mais bem arranjado possível, mesmo que isso signifique uma versão diferente no show. Não gosto muito de gravar um disco pensando em como executá-lo ao vivo. 

AF: Como foi o processo de composição das músicas para o disco? Você apresenta as canções para os outros integrantes e todos trabalham em cima daquilo?
BC: Sim, apresento a música crua, com voz e violão, ou guitarra, e aí, caso eles gostem, a gente monta as outras partes no estúdio, com cada um fazer o arranjo do seu instrumento. As músicas do disco foram feitas durante o segundo semestre de 2009.
AF: No tópico "Diário de Gravação", na comunidade da banda no Orkut, você afirmou que o "Greve das Navalhas" significa muito pra você. Imagino que todo disco deve significar muito pra qualquer músico. Mas este tem algum significado especial? Tem relação com o fim e a volta da banda no ano passado?
BC: Esse disco é importante porque acho que conseguimos fazer algo interessante para quem acompanha a banda ouvir, depois de tantos discos lançados e tantas idas e vindas da banda. Deu a sensação que ainda temos algo a mostrar, por isso tenho por esse disco um carinho especial.
AF: E aquela pergunta que vocês já escutaram um monte de vezes: o Violins pretende lançar clipe de alguma música do disco?
BC: Não temos nenhum projeto de clipe pronto, mas confesso que já tivemos algumas conversas sobre isso. É uma idéia que temos que amadurecer. Nunca trabalhamos com essa ferramenta.


AF: Vocês já têm marcado algum show de lançamento do álbum?
BC: Ainda nada marcado.


AF: O que a banda pretende fazer após o lançamento das de "Greve das Navalhas"? Além de todo o esquema de divulgação, claro.
BC: Tocar as músicas ao vivo! Essas músicas são quase todas muito novas e não as tocamos ao vivo. Quero ver como será essa experiência!

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